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60 anos de Saara: tradicional comércio de famílias árabes vem perdendo o espaço para os chineses

Publicado em: 08-08-2022

No dia 5 de outubro deste ano, o famosíssimo mercadão do Saara, no Centro do Rio, comemora 60 anos de funcionamento e história. O nome completo é Sociedade de Amigos das Adjacências da Rua da Alfândega (Saara), sigla que acabou sendo usada para identificar a região de comércio popular que, no fim do século XIX, passou a ser ocupada por cristãos, muçulmanos e judeus.

Composto por mais de 1.200 lojas, é considerado o maior shopping ao céu aberto do mundo. Com 12 ruas principais, em 2013 o lugar virou um pólo que vende de brinquedos a jóias, passando por roupas, tecidos, flores e utilidades para casa. E em junho, uma estação do metrô agregou seu nome e virou: Saara – Presidente Vargas.

Sua historia está ligada a imigração de povos sírios e libaneses que, em meados de 1890, foram obrigados a deixar seus países de origem para fugir dos terrores das guerras. Aqui no Brasil, mais especificamente no Rio de Janeiro, esses imigrantes criaram o maior pólo de vendas da época e até hoje segue sendo um dos gigantes no mundo.

As vendas ambulantes passaram a ter um ponto fixo. Esses comerciantes sírios e turcos se instalaram na Rua da Alfândega. O local, em meados do século XX, não era dos mais agradáveis. Contudo, a insegurança e a sujeira do lugar foram dando espaço para as lojas, que, sobretudo, comercializavam tecidos e materiais para costura.

Em 1962, nasceu oficialmente o Saara: Sociedade de Amigos e Adjacências da Rua da Alfândega. Embora esses comerciantes já estivessem lá há décadas, ainda não havia essa organização formal.

A região do Saara vai, verticalmente, da Praça da República até a Rua dos Andradas e, horizontalmente, da Rua da Alfândega até a Rua Buenos Aires. Tudo isso com muita variedade e preço baixo.

Chineses na região

Em 2022, entretanto, algumas mudanças ocorreram no Saara. Antes, mais da metade dos comerciantes eram de imigrantes sírios e libaneses, atualmente, houve uma ‘troca’ e quem domina o comercio são os chineses, com seus produtos importados e baratos.

Segundo a direção da Saara explicou ao jornal O Globo, os asiáticos — de Taiwan, Hong Kong, e, mais recentemente, da China continental (a República Popular da China) — já são quase a metade dos lojistas do lugar. Os árabes, que chegaram a controlar 80% das lojas, hoje ocupam entre 30% e 40% delas. Comerciantes brasileiros também descobriram a região nas últimas décadas.

A pandemia fechou inúmeros negócios na região, mas o presidente da sociedade, Sérgio Obeid, disse ao O Globo que os chineses provavelmente irão reabrir os comércios na região.

“Como temos poucas lojas vazias nas ruas mais concorridas, a perspectiva é de os chineses passarem a alugar os imóveis fechados na Rua da Constituição, que perderam a freguesia com a inauguração do VLT. Mesmo a crise e a pandemia tendo nos afetado, a Saara é um oásis no Centro”, ressalta o presidente da sociedade, Sérgio Obeid.

A família de Chang Cherng, entrevistada pelo O Globo, foi uma das primeiras famílias chinesas a criarem lojas no Saara. Com 55 anos, Chang chegou ao Brasil aos 5, acompanhando a mãe, que virou sacoleira. Há 40 anos, sua família montou a primeira loja no Senhor dos Passos. Depois, foram para a Alfândega.

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