
História da Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro
Publicado em: 15-05-2025A Catedral São Sebastião do Rio de Janeiro – bastante conhecida como Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro – é um dos prédios mais atraentes do centro do Rio. Com formas especiais, o local tem uma longa e bela história para contar.
A Arquidiocese de São Sebastião do Rio de Janeiro passou séculos sem uma sede, uma catedral própria. Por isso precisou utilizar igrejas “emprestadas”, como nos primeiros 58 anos (entre 1676 e 1734) quando uma capela foi erguida no Morro do Castelo.

No ano 1734, a Catedral foi transferida para a igreja de Santa Cruz dos Militares, também no Morro do Castelo. Por lá ficou por até 1737. Após isso se mudou para a igreja de Nossa Senhora do Rosário e São Benedito dos Homens Pretos. Essa nova estadia durou até 1808.

Com a chegada da família real, a casa mudou novamente. Dom João VI mandou erguer a igreja Nossa Senhora do Carmo, na Praça XV. A igreja foi elevada à categoria de Catedral do Rio de Janeiro.

No entanto, ainda não era o que a cúpula da igreja do Rio de Janeiro queria. Depois de muito tentar, o clero carioca conseguiu, em 1964, um terreno para enfim fazer a Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro. A pedra fundamental foi abençoada e lançada por D. Jaime de Barros Câmara.

D. Jaime faleceu em 1971 e não conseguiu ver a primeira missa celebrada na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro, que aconteceu um ano após esse falecimento e foi celebrada por D. Eugenio de Araújo Sales.


A obra foi liderada pelo arquiteto Edgar Fonseca. O engenheiro foi Newton Sotto Maior e o mestre de obras Joaquim Corrêa.
De acordo com o site oficial, a Catedral mede 75 metros de altura externa e 64 metros de altura interna, 106 metros de diâmetro externo e 96 de diâmetro interno, cada vitral: 64,50 x 17,80 x 9,60 metros; área de 8.000 m2, com capacidade para abrigar 20.000 pessoas em pé ou 5.000 sentadas.

“A forma cônica da Catedral tem inspiração em uma pirâmide Maia. Segundo os bispos do Rio, a forma circular e cônica significa a equidistância e proximidade das pessoas em relação a Deus, lembrando um pouco também a mitra (cobertura de cabeça) usada pelos bispos nas cerimônias mais solenes. Sem dúvida foi uma criação inovadora, corajosa e de muito bom gosto” destaca a arquiteta e pesquisadora Camilla Braga.