
‘Mamãe me leva’, ‘gostosão’, ‘4 doidão’, ‘diabo verde’, entre outros: ônibus do Rio que ganharam apelidos
Publicado em: 09-05-2023Investindo em propaganda para anunciar melhorias no BRT, a Prefeitura do Rio lançou uma campanha que mostra apelidos para os novos ônibus amarelos que estão circulando pela cidade. Um enquete no Twitter escolheu a alcunha de “Abelhão” para os veículos. Dar apelidos para o transporte coletivo não é novidade entre nós, cariocas e fluminenses.
Contamos aqui no DIÁRIO DO RIO que ônibus de dois andares que circularam pelas vias da cidade no século passado ganharam o apelido de “chopes duplo”, em referência à popular bebida.
“Chope Duplo” na Lapa, perto da igreja de N.S. do Desterro
De acordo com matéria do jornal Extra de 2011, escrita por Marcelo Dias, o hábito de apelidar ônibus “surgiu em 1924, quando circulava no Rio um arremedo de coletivo montado num Ford T. Não demorou para ganhar o singelo nome de ‘mamãe me leva’. Dois anos depois veio o ‘jacaré’, pintado de verde e cinza”.

Durante a Segunda Guerra Mundial, em 1939, por conta da escassez de peças, surgia o ancestral comum a ônibus e vans: o “lagosta”. Em 1947, chegou ao Rio o americano Twin Coach, da General Motors. Esse passou a ser chamado de “gostosão“.
A moda nunca parou e ônibus mais contemporâneos continuaram e continuam a receber apelidos. O famoso Caxias-Freguesia, que também já foi tema de matéria aqui no DIÁRIO, tem vários nomes alternativos. Entre eles: diabo verde.
O 422 é conhecido como “4 doidão”. A linha 348 é chamada de “três-quarto-louco”. A 639 é “meia-três-morte”. Já o ônibus 918 é “9 desgosto”. Também há o 410, “quatrocentos e dead” (morte em inglês). E alguns outros apelidos. Certas linhas sumiram, mudaram itinerário, mas as acunhas seguem por aí. Vocês lembram de mais algumas, passageiros leitores?