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Ruínas do Teatro Villa-Lobos são um monumento à incompetência

Publicado em: 30-12-2021

Não resta pedra sobre pedra do que foi um dos principais equipamentos culturais do estado do Rio de Janeiro. De propriedade do governo estadual, o teatro de concreto aparente, vidro fumê e tijolinhos foi inaugurado a 8 de março de 1979 numa Copacabana bem diferente da de hoje em dia. Ele foi uma idéia de Geraldo Matheus e Adolpho Bloch e tinha três espaços cênicos: duas salas e o teatro propriamente dito. Um incêndio calou o incrível espaço cultural, em 6 de setembro de 2011.

O velho palco foi ativo, ininterruptamente, por 30 anos, com espetáculos famosíssimos, entre eles: Mary Stuart, Deus lhe Pague, Rádio Nacional, Peter Pan, O Evangelho Segundo Jesus Cristo, Rei Lear e Senhora Macbeth, Hotel Paradiso, O Ateneu, As Cantoras do Rádio, Dias felizes, Ensina-me a viver, Ligações perigosas, Don Juan e Ópera do Malandro. No dia de sua estréia, estiveram em seu palco Marília Pêra e Paulo Autran.

Hoje o Teatro é uma ruína. Como é uma ruína a promoção da cultura no Rio de Janeiro – Cidade e Estado. Até quando?

Em 2013, a então Secretária Estadual de Cultura, Adriana Rattes, anunciou a reabertura do Teatro para 2014. Ela também previu “condições ideais de acessibilidade, segurança e sustentabilidade para a casa“. A sala de espetáculos principal ganharia mais 234 assentos. Porém, com a criação de um balcão, o total de lugares chegaria a 656. Bonito. Mas o Teatro continuou com 0 lugares. Seriam gastos 36 milhões de reais numa obra que seria feita pela própria empresa estadual de obras públicas (EMOPE).

Há 2 anos, o então Secretário Estadual de Cultura, Ruan Lira, prometera em entrevista ao G1 a reativação do espaço, que, inclusive, contaria com investimentos privados. Chegou a publicar um Edital, sem grandes conseqüências (é só passar na porta). Desde então, as ruínas só ganharam um pouco mais de pichação e destruição, além de estarem sendo tomadas pela mata. Uma espécie de Angkor Wat urbana. Com direito a invasões freqüentes pelos adictos e cracudos que vêm transformando Copacabana na versão tupiniquim do seriado enlatado The Walking Dead.

Recentemente, foram retomadas pelo Estado do Rio de Janeiro as obras do belíssimo, faraônico e bem localizado Museu da Imagem e do Som (MIS), uma obra muito importante – sem dúvida – para o bairro mais turístico do país, símbolo nacional. Mas será que não tem um troco pra arrumar o Teatro, que já existia antes e não demanda nada próximo do que é necessário para finalizar a obra da Avenida Atlântica?

Para “comemorar” os 10 anos de blá-blá-blá, aproveitamos pra fazer uma sessão de fotos bem deprimente, da situação atual do pobre espaço cultural. Divirta-se (ou, como eu, veja com lágrimas nos olhos).

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